segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Périplo sem fim

Os Poetas não morrem.
Não veremos mais o Dr. Edgar Carneiro, mas vamos continuar a ler os seus poemas...
São muito bonitos, irradiam esperança e sensibilidade, um suave humanismo, como ele próprio. O Poeta era a imagem do Homem. Encantava do mesmo modo, com a mesma verdade.
Estive com ele apenas algumas vezes - uma das derradeiras na apresentação do "Périplo", no Auditório da Junta de Freguesia de Espinho, em Dezembro de 2009.
Impressionou-me imensamente!
Não me surpreende que todos, os que o conheceram de perto, os que o encontraram ocasionalmente, usem de palavras tão semelhantes para o relembrar - falando da sua irradiante simpatia, da afabilidade, da sensibilidade, do gosto pela vida e pelo convívio! Alguém muito, muito especial!
Fica a recordação do seu sorriso, a mensagem dos versos que dão sentido à vida.
Como este:

NADA SE PERDE

A flor da roseira
quando solta
ao mesmo seio volta
botão perfeito
que nos seduz.
Assim do nosso corpo
finda a lida
como um rebento novo
a alma volta à vida
e vai juntar-se à luz.

Eu acredito que ele, o Homem, foi apenas "juntar-se à luz".

2 comentários:

  1. O Dr Edgar não passou em vão por esta vida!
    Ele partiu há dias aos 97 anos para uma longa viagem.
    Eu continuarei a lembrar o seu terno e amável sorriso, a sinseridade das suas palavras nos conselhos que me deu e na amizade vivida nas longas conversas e muitas confidências.
    A minha amizade vai manter-se na leitura dos seus poemas de que tanto gosto.
    Obrigada pelas suas palavras sobre um amigo tão querido.
    Cumprimentos
    Cândida Ribeiro

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  2. Tenho pena de não o ter conhecido, assim, de perto.
    Mas o que diz a Drª Cândida corresponde à imagem que dele guardo.

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