quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MULHERES D ' ARTES

Uma exposição aberta unicamente a “Mulheres d’Artes” legitima à partida uma pergunta, que se insinua, incontornavelmente: porquê?
Primeira certeza que queremos dar: o propósito não é o de excluir, segundo o sexo. É, pelo contrário, o de procurar caminhos de aceitação e valorização recíproca. Sabemos que o"masculino" avulta, desde sempre, como o "padrão", enquanto o feminino é visto como a “alteridade”. Por isso, consideramos que os movimentos e experiências que contribuam para a chamada de atenção, o enfoque sobre esta matriz ancestral vão, afinal, no sentido do encontro das metades separadas (separadas ainda, em tantos domínios, a que o artístico, em alguns aspectos, não escapará...). Ou seja, vão no sentido da expansão e universalização da vida cultural.
Tão invulgar mostra do "feminino" na Arte, convocará, assim, à reflexão sobre condicionantes e estereótipos “sexistas”, sobre a relação entre “género” e formas de expressão da criatividade e do talento, sobre os modos de asserção das Mulheres, quer em áreas onde, supostamente, estão em igualdade (pintura, escultura, fotografia...) quer em outras, onde os homens praticamente inexistem (rendas e bordados tradicionais, por exemplo, que custa ainda a imaginar saídos de hábeis mãos masculinas...).
Todavia, esta reunião com Mulheres d'Artes, em Espinho nem por todas estas considerações sobre a aparente natureza das pessoas e sobre a origem da diversidade e das discriminações ("on ne naît pas Femme, on le devient", escreveu, para a eternidade, Simone de Beauvoir!) deixa de ser, antes do mais, um tempo de convívio entre todos nós, tempo de contemplação destes espaços do Museu Municipal de Espinho , esplendidamente preenchidos pela Arte, tempo de revelação da excelência de tantas obras, que valem e se impõem por si próprias, sem olhar a quem, a nomes e a títulos.
O meu “obrigada” a cada uma das admiráveis Artistas, vindas do País, de norte a sul, para dar curso a esta aventura colectiva e plural, e bem assim às autoras da ideia, surgida numa conversa, a que assisti, entre pintoras do Porto e Nassalete Miranda, a Comissária da exposição - conversa ocasional e breve, que espero venha a converter-se, através da sucessão de Bienais, num projecto com longo futuro.

Maria Manuela Aguiar

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Obrigada!
É verdade: Sevilha 2003 foi uma "aventura" colectiva, dentro e fora do
rectângulo de jogo.
E, não o esqueço, começou a revelar ao mundo o fenómeno Mourinho. Foi
o seu fulgurante lançamento europeu. O cérebro dessa
equipa chamava-se DECO e já era, embora não reconhecidamente, o melhor jogador
do mundo (no ano seguinte, quando na votação para esse título ficou num injusto 2º lugar, Platini diria isso mesmo - que ele era o melhor e que não lhe tinham feito justiça- o único ponto de acordo que tive com semelhante personagem...)
Mesmo correndo o risco de desafinar o coro, do Dragão (porque desafino constantemente) quantas vezes cantei:
É o nº 10,
Dribla com os dois pés,
Melhor que Pelé
É o Deco, olé, olé!

Outro dia perfeito!

Para mim dia perfeito é aquele em que o FCP nos dá "mais uma alegria, mais uma vitória"!
Na verdade, não vi o jogo em directo (poupei o coração) e aguardo, neste momento, as imagens da tv.
Sevilha é cidade de boas memórias, daquele troféu conquistado com tanto mérito, depois de muito sofrimento... Em 2003, nos últimos 15 minutos não aguentei a pressão: fechei os olhos e nem vi o golo de DERLEI. Um golo para a eternidade, mil vezes revisto, posteriormente, nos registos de video...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fim de dia perfeito!

Claro, com a convincente vitória dos Dragões em Braga.
Contra os profetas da desgraça - que nos anunciavam o plano inclinado do FCP no campeonato... - vê-se que a equipa está, afinal, em alta, mesmo sem Falcão. No futebol como na vida é assim mesmo - há ciclos, há momentos melhores e piores. Um jogo menos bom não é coisa significativa. Porém, os comentadores anti portistas (uma esmagadora maioria!) quiseram fazer-nos acreditar no contrário, entrando de forma encapotada no próprio jogo - através dos seus "mind games". Hoje tiveram a resposta das evidências. Para já, vão desdizer-se, mas - não nos iludamos - hão-de tentar repetir as manobras...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O grande (des)conserto!

Francamente, quando pensei o título - Café (des)concerto, com "c", logo depois tão bem transmutado para "S" pelo engº Helder e pelo próprio Maestro António Victorino de Almeida - nunca imaginei concretização assim perfeita e constantemente desconsertante, como aquela a que temos tido oportunidade de assistir.

A realidade ultrapassa tudo o que se poderia pedir à sorte... e ao génio do Maestro.
O espaço presta-se, pelo insólito, num espaço cheio de colunas, numa espécie de "floresta urbana". O espanto de Olga Prats, na sua estreia entre nós, no 1º momento, levou-a a perguntar onde estava. Nunca tocou piano num lugar sequer vagamente semelhante, isso foi por demais evidente...
A audiência está sempre pronta a dar calor humano ao fantástico lugar, cumprindo a sua parte...
O piano é um piano a sério (bom investimento de não sei qual membro de um executivo camarário, a quem devemos estar gratos, porque agora não me parece que alguém pagasse o seu preço de mercado...).

A Pianista e o Maestro mostraram-se em mais do que perfeita "concertação", para maior e mais inesquecível (Des)conserto. Náo haverá nunca momento igual. Equivalente talvez. Melhor não é possível.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Perdeu-se o jogo, mas não o fair-play de Villas Boas

Diziam que o "miúdo" não sabia perder. Mostrou que sabe.

A falta que fez o David Luiz...

Noite para esquecer, no Dragão...
Pena não termos tido, de novo, o David Luiz a marcar o Hulk...
Digamos que, do nosso ponto de vista, se marchou para o Chelsea, prematuramente.

Café concerto em Café (des)conserto, 5ª feira, dia 3

É assim mesmo, não é trocadilho.
O "leit-motiv" do próximo encontro com o Maestro António Victorino de Almeida, àmanhã à noite no Multimeios, é, de facto, o fenómeno "Café Concerto", através do tempo e da geografia. Em Espinho e em outros lugares. (À partida, porque, logo de seguida, quem sabe para onde pode levar-nos a criatividade, o "charme" e a capacidade de improvisação do Maestro?).
E há mais: a presença de Olga Prats, sua convidada especial, e nossa, também, naturalmente! Tocando e conversando connosco!
Estão todos convidados para assistir a uma sessão que promete talento e génio musical em duplicado.