quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Outro dia perfeito!

Para mim dia perfeito é aquele em que o FCP nos dá "mais uma alegria, mais uma vitória"!
Na verdade, não vi o jogo em directo (poupei o coração) e aguardo, neste momento, as imagens da tv.
Sevilha é cidade de boas memórias, daquele troféu conquistado com tanto mérito, depois de muito sofrimento... Em 2003, nos últimos 15 minutos não aguentei a pressão: fechei os olhos e nem vi o golo de DERLEI. Um golo para a eternidade, mil vezes revisto, posteriormente, nos registos de video...

6 comentários:

  1. Um dos dias mais dramáticos e, finalmente, dos mais felizes da minha vida, esse passado em Sevilha, em 2003. Relembro a canícula - "um calor de ananazes", como diria Eça. Não se sentia nos salões com vista para o estádio, onde os convidados do FCP (entre eles deputados da AR, como eu, que viríamo, todos, a ter um prolongado conflito com a dupla Mota Amaral- Manuel Alegre, o notório benfiquista Manuel Alegre, sobre a justificação de faltas ao plenário...). Bem pior do que a temperatura ambiente era o ambiente de tensão, que nos electrizava.
    Na bancada, fiquei entre Laurentino Dias e José Lello. Foram eles que não me deixaram "fugir" para fora do "teatro de guerra", naquele último e angustiante quarto de hora de prolongamento. Restava-me fechar, firmemente, os olhos. O que fiz até que pelo som e movimento dos vizinhos se tornou evidente que justiça fora feita, a taça iria pata o Porto e era a hora de festejar em delírio!

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  2. Pois é um clube que dá muitas alegrias e algum desassossego a mães que como eu viram partir num automóvel o filho e amigos que foram a Sevilha viver essa noite imprópria para cardiacos.
    Mas lembro-me do regresso eufórico com a sensação que a taça lhes pertencia.
    Parabéns por mais esta vitória e outras taças virão.

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  3. Obrigada!
    É verdade: Sevilha 2003 foi uma "aventura" colectiva, dentro e fora do
    rectângulo de jogo.
    E, não o esqueço, começou a revelar ao mundo José Mourinho. Foi a sua 1ª grande vitória numa competição europeia. O cérebro dessa equipa surpresa chamava-se DECO. Para mim, ele já era o melhor jogador do mundo (no ano seguinte, Platini diria isso mesmo - o único ponto de
    acordo que tive com semelhante personagem...)
    Mesmo correndo o risco de desafinar o coro, quantas vezes cantei:

    É o nº 10,
    Dribla com os dois pés,
    Melhor que Pelé
    É o Deco, olé, olé!

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  4. Findo o jogo, regressamos prontamente, no avião fretado - uns para o Porto, outros, entre os quais me contava, para Lisboa.
    Cheguei ainda a tempo de ver, no remanso do meu apartamento, durante duas ou três horas, a transmissão directa da chegada da equipa ao Aeroporto Sá Carneiro e do percurso triunfante até ao nosso estádio, mais a recepção que aí lhe reservavam milhares de dragões tão eufóricos como eu.
    É fantástico reviver, na memória, esses momentos.
    Na altura, considerava-os irrepetíveis, no meu tempo de vida. Não podia imaginar que, em Maio de 2004, estaria em Gelsenkirchen, a celebrar a vitória na "Champions" - ainda por cima sem "stress", tão fácil e naturalmente os golos aconteceram.
    Menos ainda que faria aquela viagem longuíssima ao Japão, em Dezembro desse ano, para assistir à conquista do 2º título mundial do FCP (vitória dificultadíssima pela árbitragem, com dois golos barbaramente anulados e o susto da saída de campo, em maca, de Vitor Baía, muito antes de partirmos para os "penalties"...).

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  5. Não, não vi a marcação dos penalties!...
    Mal esse desfecho se desenhou, zarpei de dentro do recinto, correndo pelas escadas acima, antes que os companheiros de bancada conseguissem travar-me. E esperei, impacientemente, no único lugar onde ouvia o clamos da multidão, mas não via imagens do jogo, que era a entrada do WC para senhoras. De lá só saí quando começou o êxodo dos espectadores mais apressados...
    A 1º coisa que vi foi o ecrã do circuito interno de tv, todo ocupado pelo azul e branco! Corri para a porta de entrada para a bancada e lá deparei com o espectáculo da ondulação festiva das mesmíssimas cores. Japoneses, quase todos, é claro! 90% ou mais! Exuberantemente portistas, com as nossas bandeiras, camisolas, chapéus, ou mesmo de cara pintada com as nossas cores lindíssimas.
    Como é costume, seguimos directamente para o aeroporto. Recordo, sobretudo, Maniche (tão feliz, ele que falhara uma grande penalidade, mas fora considerado, justamente, o melhor em campo!) e o treinador espanhol, Fernandez, uma simpatia, discreto e elegantíssimo - figura, fato, porte... No avião, diálogo ameno com Ricardo Costa. Que rapaz bem educado e bom conversador!

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  6. À chegada ao Aeroporto Sá Carneiro, dos cerca de 300 companheiros de viagem, só dois saíram rapidamente com bagagem de mão, enquanto os demais esperavam que as malas grandes deslizassem vagarosamente nos carroceis. Adivinham quem eram?
    O Zé Lello e eu própria. Muitos anos de constantes viagens ensinam a simplificar...

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