sábado, 3 de setembro de 2011

NÃO DESERTA QUEM QUER IR À GUERRA

O desertor foge com medo do combate, ou recusa o combate por pacifismo, em nome dos princípios.
Ora, como sabemos, depois de ouvir as palavras de Ricardo Carvalho - e como já antecipávamos, antes mesmo de o ouvir - o seu problema na Selecção Nacional é precisamente o contrário: ele queria "ir a combate", queria jogar!
O insulto de Paulo Bento foi execrável. Não definiu o acto de Ricardo Carvalho: definiu o carácter de Paulo Bento.
E com isto, já não me resta a menor dúvida: Ricardo foi maltratado.
Quem tem o curriculum dele (o melhor "central" do mundo, 75 internacionalizações...), quem é um veterano, um dos pilares e um dos capitães da equipa, merece a titularidade. E se não a titularidade, pelo menos, uma palavra de explicação, quando, depois de um treino em plena forma, é substituído por um colega mais jovem, que nem sequer treinou...

Vamos imaginar que uma situação semelhante acontecia com Cristiano Ronaldo: é um dos melhores jogadores do mundo, é capitão da selecção, faz um treino fantástico, e, depois, sem lhe darem uma palavra, apercebe-se de um facto insólito - vai ser substituído, no plantel, por um rapaz novo, uma vedeta ascendente.

E se o Cristiano tivesse, então, de cabeça perdida, abandonado o estágio da selecção?
Bento, sendo Bento, podia até dizê-lo "desertor". Mas a imprensa não iria tratar Ronaldo com está a tratar Ricardo...

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