sábado, 26 de novembro de 2016

AS ESCOLHAS DO ESPÍRITO SANTO

Lopetegui, Peseiro, Espírito Santo... "Somos Porto" à imagem destas cabeças pensantes. Não somos "Porto à Mourinho", nem somos "Porto à Villas Boas". José e André não tinham um grande passado, quando aqui chegaram, mas aqui começaram um grande futuro. E se não havia muito a recomendá-los, não havia também nada contra. O pouco que haviam feito havia sido bem feito! Um no Leiria e no Benfica, o outro na Académica. Não é o paradigma dos que, mais recentemente, têm sido responsáveis por uma longa sucessão de desaires portistas. Lopetegui trazia a marca de maus desempenhos em equipas secundárias e vitórias só em seleções juniores. Uma contratação inexplicável, que me provocou calafrios, desde o primeiro momento. A perseguição a Ricardo Quaresma foi o seu "começo do fim". (uma espécie de versão basca de Co Adriaanse, que perseguiu, da mesma maneira, entre outros, Baía e Diego). Peseiro é um perdedor nato, que conseguiu, como era expectável, a proeza de se mostrar pior do que o antecessor. Espírito Santo, a meu ver, não prometia, à partida, inverter o caminho descendente do FCP. Porquê? Porque não é muito significativo para um clube como o Porto, o que conseguira no Rio Ave. E o trajeto no Valência revelava, sobretudo, a incapacidade de dar sequência a um início promissor, por mau relacionamento com jogadores. Com alguns dos melhores jogadores do plantel... Não há nele nenhum Jesualdo em potência! Não sabe e não me parece que vá saber nunca tirar partido da matéria prima que tem ao dispor. Falta-lhe humildade, falta-lhe carisma, falta-lhe empatia, onde sobra o seu discurso articulado, à mistura com traços de arrogância na hora da vitória e a tendência a negar as evidências em caso de derrota. Choca-me o tratamento que foi dado a Helton, a Aboubakar, a Brahimi, para referir apenas exemplos gritantes. Que bem Aboubakar vai mostrando no Besiktas a falta que faz a este Porto... E o Quaresma! O homem que decide jogos - como aconteceu até contra o Bayern, no Dragão. Quaresma não voltará mais. Mas porque será o mágico que nos resta, Brahimi, excluído das escolhas do Espírito Santo?

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