quarta-feira, 16 de outubro de 2019

PROJETO ASAS NA DIÁSPORA


ACADEMIAS SENIORES DE ARTES E SABERES (ASAS)
ESPAÇO DE ANIMAÇÃO CULTURAL NAS ASSOCIAÇÕES PORTUGUESAS DO ESTRANGEIRO

1 - No ano europeu para o envelhecimento activo e o diálogo intergeracional, a Associação Mulher Migrante, com o apoio da SECP e acolaboração de vários parceiros, entre os quais a Universidade Aberta, propõe a criação de uma rede de "Academias" através da organização de cursos destinados a maiores de 55 anos, versando sobre uma diversidade
de matérias, da livre escolha de cada associação.

2 - Os cursos serão constituídos por aulas, palestras, seminários, viagens de estudo ou outras iniciativas, podendo os participantes seleccionar os que mais lhe interessem.
É desejável que a frequência seja aberta, por igual, a mulheres e homens, com a preocupação de assegurar a natural paridade (ao menos em termos de uma percentagem significativa de ambos os géneros) e que entre os monitores de cursos ou conferencistas se procure a componente intergeracional, apelando, quando se julgar, possível e vantajoso, à
colaboração dos mais jovens.

3 - Essas tarefas deverão ser desempenhadas, em princípio, em regime de voluntariado, embora cada Academia seja autónoma nas suas decisões, podendo optar por formas de remuneração simbólica dos docentes ou solicitar contribuição aos auditores para custear as despesas havidas com o seu funcionamento.

4 - Nada impede, também que os auditores de um curso sejam os mestres em outros, de sua especialidade, visto que a troca de experiências de vida e de saberes é uma dos objectivos principais do” projecto ASAS”.

5 - Um tema recomendado, ao longo de 2012 e 2013, a todas as Academias que venham a criar-se, neste contexto, é a recolha oral de narrativas de vida dos emigrantes e (ou) a escrita das suas  autobiografias. Para o desenvolvimento de actividades neste domínio, as academias contarão com a cooperação pedagógica e científica da Doutora Joana Miranda, da Universidade Aberta de Lisboa e, eventualmente, de docentes de outras universidades que se disponibilizem a colaborar.

6 - Exemplificação de outras disciplinas susceptíveis de comporem os “curricula”das Academias: Dança, Folclore, Teatro, Canto, Artes Plásticas, Culinária, Nutrição, Jogos e Desporto para todos, História, Línguas, e Literaturas,
Direitos Humanos, Migrações Internacionais, Informática, Redes Sociais, Escrita Criativa, Associativismo

7 - Inspiradas nos moldes de funcionamento das chamadas "universidades Seniores" - que conhecem um grande sucesso e desenvolvimento em Portugal - as “Academias” são à partida mais simples  de implementar,
por poderem facilmente integrar-se na programação cultural das instituições aderentes.
A inserção associativa será particularmente aconselhável em colectividade que promovam “Lares de Dia”, instituições geriátricas, ou Centros de cultura, lazer e desporto, onde se constate o afastamento das primeiras gerações de emigrantes.

8 - Considera-se, igualmente, importante encorajar o nascimento de "Universidades Seniores", semelhantes às existentes no País, dotadas de autonomia institucional, como vem a ser tentado desde 2009, nos termos das recomendações do Encontro de Mulheres da Diáspora, promovido pela Associação Mulher Migrante, (estando em vias de lançamento, as de Joanesburgo e Buenos Aires).

9 - Nas “Academias Seniores” como nas Universidades Seniores, em princípio ,não há testes ou avaliações, mas é solicitada aos participantes uma atitude interventiva e a regularidade de atendimento nas iniciativas programadas. No final  de cada ano, poderá ser oferecido um diploma de participação mas não títulos académicos.

10 - Igualmente se prevê a possibilidade de edição das melhores”narrativas de vida” , que sejam recolhidas pelas Academias e enviadas à Associação "Mulher Migrante".

11 de Junho de 2012

Sem comentários:

Enviar um comentário