Uma Páscoa memorável, a de 1968!
Uma decisão felicíssima a de escolher Montreux para passar um fim de semana do tempo Pascal. Montreux é a mais bela cidade das margens do lago Léman , não muito distante de Genebra , onde eu participava, então, num curso do Instituto de Estudos do Trabalho da OIT e a minha prima Eduarda fazia turismo.
Fomos as duas à aventura, sem reserva de hotel - acabamos no albergue local da juventude, mas até isso teve a sua graça e representou uma imensa poupança no nosso orçamento de viagem...
Tudo estava destinado a correr bem. O sol brilhava sobre o Castelo de Chillon e sobre o grande lago. Foi por puro acaso que vimos, na rua, o cartaz que anunciava a final da Taça das Nações de hoquei em patins. A nossa Nação disputava, nessa noite, o título com a Espanha. Conseguimos ingressos na 1ª fila, rigorosamente ao centro. Nunca tinha visto um jogo tão perto, sentia-me em campo... A Eduarda nunca tinha visto um jogo sequer, mas o seu entusiasmo era igual ao meu... E igual ao de numerosos portugueses que nos ladeavam. Não sei de onde tinham surgido - tantos... -, atendendo a que a grande emigração para a Suiça só haveria de acontecer mais de uma década depois.
Uma fantástica vitória, seguida de convívio, celebração e jantar com os nossos vizinhos do lado! Eram do Porto, logo descobrimos que tínhamos muitos amigos em comum. Graças a elas e a eles, antecipámos o regresso a Genebra, aproveitando uma simpática boleia (e escapando, assim, a mais uma dormida no albergue, muito pitoresco e juvenil - mas a experiência estava completa, não era preciso exagerar...).
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