quarta-feira, 2 de março de 2016

O ÚLTIMO TANGO NO RIVOLI

O último tango-spaghuetti noir de Giuseppe Iacono. Fantasporto Ir no Rivoli vale, eventualmente, pelo filme, vale sempre pelo regresso ao mundo mágico da cinefilia dos anos 50 do do século passado, que abrangeu a minha vida dos oito aos 18... Tinha, então, duas paixões, que perduram: a 7ª arte e o espetáculo do futebol. Cinema, as mais das vezes, com o Avô Manuel, o Estádio das Antas, a partir de 52, com o Pai. O Rivoli foi um dos que primeiro recebeu, no Porto, o grande ecrã do cinemascope (que nos trouxe muitas operetas em cenários de "western", com ou sem tiroteios). O meu Avô paterno era melómeno, preferia musicais, quer fossem sobre Tchaikowsky, ou com a Dietrich ou, no género mais ligeiro, espetáculos como "7 noivas para 7 irmãos". Não havia classificação de filmes para os mais pequenos. Vi de tudo em criança, até, estarrecida, o grande final de "Duelo ao sol". Sangue, unhappy end, como neste último tango... Gostava de tudo, antes de mais, de ver as pesadas cortinas de palco a abrir lentamente, quando as luzes se apagavam... Ainda hoje, às vezes, vou a filmes menores só para viver esses momentos.

Sem comentários:

Enviar um comentário