quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Guterres - a vitória do melhor

Não tinha certezas de nada, mas achava improvável a vitória do melhor . Nestas grandes organizações internacionais, a escolha de medíocres tornou-se normal. É o jogo de interesses que comanda a escolha - um jogo que produz, de preferência, Ban Ki-moons. Os Guterres são a exceção. Sabendo que em política falar de transparência não significa pratica-la. receava que todo o processo inovador de audições públicas, engendrado para a eleição do Secretário-Geral das Nações Unidas, fosse um simples "fazer de conta". Não foi - e isso talvez se fique a dever, unicamente, à abissal diferença de qualidade que, desde a primeira à última hora, separou Guterres de todos os outros ... e outras. Tão avassaladora que o impôs, em definitivo. António Guterres é mais inteligente e mais culto do que qualquer dos políticos da sua geração, a nível planetário. E quem o conhece sabe que é também - coisa ainda mais rara, nos tempos de hoje e em todos os tempos - um homem de imenso idealismo e generosidade. Por isso, me sinto tão feliz com esta vitória. Inesperada por ser justíssima!

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