sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

HILLARY!

Hoje deveria ter sido um dia histórico para a América e para o mundo: o dia da tomada de posse de uma Mulher como presidente dos Estados Unidos. Uma Mulher excecional, com uma longa carreira de quase meio século ao serviço de avanços civilizacionais, da luta pela dignidade de todos os seres humanos, pela igualdade (na mobilização dos mais marginalizados à participação cívica e democrática), pelo diálogo entre diferentes, entre credos e culturas, entre Povos e Nações. Nunca alguém mais experiente e mais qualificado em questões de política nacional e internacional se candidatara a uma eleição presidencial (afirmação de Barack Obama, mil vezes repetida ao longo da campanha, em 2016). Todavia, nunca também uma campanha americana foi tão vergonhosa e tão violenta, tão distorcida, tão alavancada em golpes baixos e mentiras (de Trump, himself!), tão falseada por interferências de inimigos externos (a Rússia de Putin!), ou de sabotadores internos (o FBI de Combey!) como esta foi. Hillary resistiu, com uma coragem espantosa, ganhou os debates, ganhou uma das duas Américas - aquela que admiramos pelos valores da liberdade, do humanismo e do multiculturalismo, a "América primeiro- mundo" - contra a América terceiro- mundista, paroquial e primitiva do Tea-party e da Ku Klux Klan. Hillary ganhou as eleições no voto popular, com mais de 3 milhões de votos de avanço sobre Trump. Hillary ganhou na desolação de todos os democratas do mundo, face aos resultados do anacrónico voto colegial, que atraiçoou o voto popular. E vai ganhar o futuro sobre o descalabro da administração Trump.

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